O trágico caso Isabella está fazendo a felicidade dos telejornais. Com o sensacionalismo em cima do caso, a audiência desses programas cresceu até 46% na primeira quinzena deste mês em relação ao mesmo período de Março. Foi o caso do "Brasil Urgente", da Band. Enquanto isso, o "Balanço Geral", da Record, cresceu 25%. O "Jornal da Band", que cresceu 24%, atingiu sua melhor média no ano: 7,5 pontos. O "Jornal da Record" aumentou seu público em 9%, assim como o "Jornal Nacional", que saltou de 31,4 para 34,2 pontos. O investimento das emissoras na cobertura do caso também foi grande. A Globo mobilizou 18 repórteres, 8 produtores e 20 cinegrafistas, que fazem plantões permanentes em casas de parentes da menina e delegacias. A Record informa ter deslocado para a cobertura 30 repórteres e produtores e 20 cinegrafistas. Na Band, entre três e dez equipes cobrem o caso, dependendo do noticiário, além de cinco produtores. Até o SBT priorizou Isabella, mobilizando quatro repórteres e sete cinegrafistas, o que corresponde a quase metade do time da emissora. Com esses resultados, grande parte das emissoras priorizou o caso em suas programações, muitas vezes chegando ao exagero. No "Jornal Nacional", a cobertura chegou a ocupar mais de 15 minutos na última Terça, o que equivale a 37% do telejornal. Já o "Balanço Geral" teve em seu cenário uma cama, como se fosse a de Isabella, onde e apresentador manchou roupas com tinta vermelha e depois as lavou, para mostrar como age um produto usado por peritos para descobrir sangue. O "Fala que Eu Te Escuto", da Igreja Universal, foi ainda mais longe e fez a reconstituição do crime com atores em plena madrugada.
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